A libertação ocorreu em troca do levantamento de sanções norte-americanas sobre a estratégica indústria bielorrussa de potassa.

A decisão foi anunciada no sábado, após negociações em Minsk entre Lukashenko e o enviado especial dos EUA, John Coale.

A presidência bielorrussa confirmou que o perdão abrangia "cidadãos de diferentes países condenados por vários crimes, incluindo espionagem, terrorismo e atividades extremistas".

A líder da oposição no exílio, Sviatlana Tsihanouskaya, agradeceu ao presidente Donald Trump e à sua administração pelos "grandes e incansáveis esforços" que levaram à libertação. Ales Bialiatski, ao chegar à Lituânia, afirmou que "a luta continua", enquanto Maria Kolesnikova, a partir da Ucrânia, apelou à libertação das centenas de presos políticos que ainda permanecem detidos. A União Europeia saudou a libertação, com a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, a defender que o facto deve "reforçar a nossa determinação" de lutar por todos os que continuam presos. A normalização das relações entre Washington e Minsk começou em agosto, quando Trump conversou por telefone com Lukashenko, pedindo a libertação de todos os presos políticos.

As sanções sobre a indústria de potassa tinham sido impostas pela anterior administração de Joe Biden, num contexto de isolamento internacional da Bielorrússia devido à repressão interna e ao apoio à invasão russa da Ucrânia.