A decisão foi tomada pelos embaixadores dos Estados-membros, recorrendo a um procedimento especial para emergências (artigo 122.º do Tratado da UE), que não exige unanimidade.

Apenas a Hungria e a Eslováquia votaram contra.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que a UE cumpre assim o compromisso de manter os ativos congelados "até que a Rússia ponha fim à sua guerra de agressão contra a Ucrânia e compense os danos causados". A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu a decisão como um "sinal forte à Rússia de que, enquanto esta guerra de agressão brutal continuar, os custos continuarão a aumentar". O plano principal consiste num empréstimo de reparações, onde a Comissão contrairia empréstimos junto de instituições financeiras que detêm os ativos russos, com Portugal a ter de fornecer garantias orçamentais de cerca de três mil milhões de euros.

A Bélgica, que alberga a maior parte dos fundos através da Euroclear, expressou preocupações jurídicas e económicas, mas acabou por votar a favor.

A Itália, no entanto, juntou-se à Bélgica na oposição ao plano, enfraquecendo as esperanças de um acordo rápido na cimeira da UE da próxima semana.