A principal fratura reside na questão territorial e nas garantias de segurança para Kiev.

Fontes das negociações indicam que os EUA mantêm a exigência de que a Ucrânia ceda o controlo total das regiões de Donetsk e Lugansk à Rússia, uma posição que Kiev considera inaceitável. Zelensky reiterou que não aceitará qualquer acordo que "recompense o comportamento criminoso" da Rússia, afirmando que "se o agressor recebe uma recompensa, começa a acreditar que a guerra vale a pena".

Por outro lado, a Ucrânia mostrou-se disposta a abandonar a sua aspiração de aderir à NATO, uma "pedra angular" para Moscovo, em troca de garantias de segurança robustas. Neste âmbito, os líderes europeus propuseram a criação de uma "força multinacional" liderada pela Europa, com apoio dos EUA, para apoiar o exército ucraniano e garantir a paz.

Washington, por sua vez, terá oferecido garantias de segurança comparáveis ao Artigo 5.º da NATO, embora tenha alertado que estas não seriam permanentes.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, destacou que os EUA apresentaram garantias "verdadeiramente notáveis", enquanto a UE admitiu que a Ucrânia poderá ser forçada a abandonar as suas pretensões na Aliança Atlântica.

O Kremlin, por sua vez, rejeitou qualquer compromisso sobre as regiões ocupadas e recusou uma trégua de Natal, afirmando que o fim das hostilidades depende de um acordo nos seus termos.