Kast obteve 58% dos votos na segunda volta, derrotando a candidata de esquerda Jeannette Jara.

A sua campanha focou-se no medo da criminalidade e da imigração, prometendo construir muros na fronteira e deportar imigrantes ilegais.

A sua vitória insere-se numa tendência regional que inclui líderes como Daniel Noboa no Equador e Nayib Bukele em El Salvador.

Analistas apontam para a influência do "fenómeno Milei" e para a nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA, que foca a sua atenção na América Latina, como fatores que alavancam a direita radical.

A reação internacional não tardou.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comparou o programa de Kast ao de Hitler e avisou-o para não "tocar num único fio de cabelo de um venezuelano".

Por outro lado, o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o Presidente argentino, Javier Milei, felicitaram Kast, com este último a ver a eleição como "mais um passo" em defesa da liberdade na região.

Kast realizou a sua primeira visita oficial à Argentina para se encontrar com Milei, sinalizando um alinhamento ideológico entre os dois países.