Esta medida representa uma escalada significativa da pressão militar e económica sobre o governo de Nicolás Maduro, num contexto já marcado por acusações de que Caracas utiliza as receitas do petróleo para financiar atividades ilícitas, incluindo terrorismo e narcotráfico. A resposta de Caracas foi imediata e desafiadora.
A marinha venezuelana começou a escoltar navios petroleiros comerciais com destino à Ásia, numa ação direta contra o bloqueio.
A petrolífera estatal PDVSA assegurou que as suas operações de exportação continuam “com total segurança”, no exercício do “direito à livre navegação”. Diplomaticamente, a Venezuela solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir o que classifica como uma “agressão” norte-americana, enquanto Maduro acusou Trump de fabricar um pretexto para uma guerra com o objetivo de se apoderar das vastas reservas de petróleo venezuelanas. A crise gerou uma onda de reações internacionais.
O Irão condenou as ações dos EUA como “pirataria de Estado”, e a China expressou o seu apoio a Caracas, opondo-se a “todas as formas de intimidação unilateral”.
O México apelou à intervenção da ONU para evitar um conflito.
A situação humanitária e económica na Venezuela, já precária, arrisca-se a agravar-se, com a população a temer as consequências de um bloqueio total.
A presença militar norte-americana sem precedentes na região do Caribe alimenta os receios de uma intervenção direta, apesar de analistas considerarem que uma declaração de guerra formal seria politicamente desastrosa para a administração Trump.













