Desde o cessar-fogo de 10 de outubro, as forças israelitas têm abatido diariamente cidadãos palestinianos sob a justificação de “ameaças imediatas”.

O Ministério da Saúde controlado pelo Hamas reporta que 394 pessoas morreram por ultrapassar a chamada “Linha Amarela”, um número que não inclui a vítima mais recente.

Muitos dos civis desconhecem estas demarcações ao tentarem regressar às suas antigas residências.

Paralelamente, as condições meteorológicas extremas estão a ter um impacto devastador na população deslocada.

Uma tempestade polar provocou chuvas intensas e frio, resultando na morte de pelo menos 17 pessoas, incluindo quatro crianças, devido a hipotermia e inundações. A tempestade causou o desabamento de mais de 90 edifícios e danificou dezenas de tendas onde vivem os deslocados. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, alertou que 55 mil famílias e cerca de 30 mil crianças foram afetadas, sublinhando a “necessidade urgente de retomar as medidas para garantir a proteção das crianças”.

O Comissário-Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, denunciou que, embora a tempestade seja um desastre natural, as suas consequências são “provocadas pelo homem para uma população forçada a viver entre ruínas”.