A situação levou o Presidente brasileiro, Lula da Silva, a lançar um ultimato, afirmando que “se não for agora, o Brasil não fará mais o acordo” enquanto estiver no poder. O Presidente francês, Emmanuel Macron, declarou à chegada à cimeira europeia que o acordo “não pode ser assinado”, ecoando as preocupações dos agricultores do seu país, que temem a concorrência desleal, especialmente no setor da carne.
Milhares de agricultores de vários países europeus bloquearam as ruas de Bruxelas com tratores em protesto. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, alinhou com a posição francesa, defendendo a necessidade de finalizar medidas de salvaguarda para o setor agrícola antes de qualquer assinatura.
Esta oposição conjunta cria uma minoria de bloqueio que pode impedir a aprovação do acordo no Conselho Europeu.
Em contrapartida, países como Portugal e Espanha defendem a sua rápida conclusão.
O primeiro-ministro Luís Montenegro classificou um eventual fracasso como “imperdoável”, enquanto Pedro Sánchez, de Espanha, sublinhou o “peso geopolítico” do tratado.
O Mercosul já advertiu que, se o acordo não for concluído este sábado, irá direcionar a sua atenção para outros parceiros comerciais, como Canadá, Reino Unido e Japão.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que planeava viajar ao Brasil para a assinatura, apelou à “luz verde” dos líderes, destacando a importância do acordo para a competitividade da UE num mercado de 700 milhões de consumidores.













