As declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto, expõem a profunda fratura ideológica dentro do bloco sobre a gestão do conflito.
Szijjarto afirmou que “os líderes europeus não só decidiram tentar impedir o Presidente Trump de fazer a paz, como tomaram uma decisão para arrastar toda a Europa para uma guerra contra a Rússia”.
O ministro húngaro considera infundada a ideia de que Moscovo pretenda atacar a NATO, argumentando que as dificuldades militares russas na Ucrânia demonstram a sua incapacidade para um confronto mais vasto. Na sua perspetiva, a verdadeira ameaça reside na narrativa promovida por Bruxelas, que, segundo ele, visa acelerar a transformação da UE num “Estados Unidos da Europa” federalizado, usando a guerra como pretexto para centralizar o poder.
Budapeste opõe-se firmemente a esta visão, defendendo uma aliança de Estados soberanos.
Esta posição tem colocado a Hungria em rota de colisão com as instituições europeias.
O país opõe-se ao financiamento ilimitado a Kiev e recusa-se a aprovar o plano de utilização de ativos russos congelados, que o primeiro-ministro Viktor Orbán classificou como uma “verdadeira declaração de guerra contra a Rússia”.
Além disso, Szijjarto garantiu que a Hungria continuará a bloquear qualquer avanço no processo de adesão da Ucrânia à UE, por considerar que a sua integração “mataria a economia europeia” e destruiria o projeto comunitário.













