Numa cimeira extraordinária, a CPLP condenou “veementemente a interrupção do processo eleitoral” e exigiu a “libertação imediata e incondicional” de todos os detidos, incluindo o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira.
A organização lusófona elegeu Timor-Leste para assumir interinamente a presidência e anunciou o envio de uma missão de alto nível a Bissau.
A União Europeia também se manifestou de forma contundente.
O Parlamento Europeu aprovou uma resolução que condena o golpe e insta o Conselho Europeu a considerar a imposição de medidas restritivas aos responsáveis pela rutura democrática e por violações dos direitos humanos.
Os eurodeputados portugueses de vários partidos juntaram-se à condenação, apelando à UE para que reveja os seus acordos e financiamentos com a Guiné-Bissau, de modo a não reforçar a junta militar.
Em Portugal, a Assembleia da República aprovou por unanimidade um voto de condenação, considerando “urgente o regresso à normalidade política e constitucional”.
A oposição guineense e observadores internacionais denunciam que o golpe foi uma manobra do então presidente, Umaro Sissoco Embaló, para impedir a divulgação de resultados eleitorais que lhe seriam desfavoráveis.













