A visita sublinha o compromisso português com a defesa da Ucrânia, tanto no plano político como militar e económico.

Durante a conferência de imprensa conjunta, Montenegro anunciou a celebração de um acordo que visa conjugar a "tecnologia e conhecimento científico ucraniano" com a "capacidade produtiva portuguesa" para a produção de drones subaquáticos, um setor que considerou estar "na vanguarda mundial".

Esta cooperação tecnológica visa permitir a ambos os países defender o seu espaço marítimo e infraestruturas críticas.

Questionado sobre o envio de tropas, o primeiro-ministro português esclareceu que, para já, a participação de Portugal "não envolve nenhum tipo de empenhamento terrestre", mas admitiu que, no futuro, "nada vai obstar" a que militares portugueses participem em "missões de paz e participam em missões de dissuasão e de segurança" após o fim do conflito, à semelhança do que já acontece noutros países no âmbito da NATO. Montenegro destacou ainda o apoio financeiro e político da União Europeia, recentemente reforçado com um pacote de 90 mil milhões de euros, e reiterou o "apoio inequívoco de Portugal" ao processo de adesão da Ucrânia à UE. A visita pretendeu também ser "a expressão de um apoio que tem sido continuado desde o primeiro minuto", trazendo não só apoio institucional mas também "afeto" ao povo ucraniano.