A fricção entre os dois aliados cruciais na frente oriental da NATO expõe as tensões subjacentes à coligação contra a Rússia.
Numa conferência de imprensa em Varsóvia, após uma visita oficial de Zelensky, o ultranacionalista Nawrocki afirmou que "os polacos têm a impressão de que os nossos esforços e assistência à Ucrânia em todas as frentes não foram recebidos com a devida gratidão e compreensão". O presidente polaco, que durante a sua campanha eleitoral defendeu o fim de benefícios para refugiados ucranianos e se opôs à adesão de Kiev à UE e à NATO, destacou que a Polónia destinou quase 5% do seu PIB para apoiar o país vizinho.
Nawrocki também colocou o Presidente dos EUA, Donald Trump, no centro da solução para o conflito, descrevendo-o como "o único líder no mundo disposto a forçar [o Presidente russo] Vladimir Putin a assinar um acordo de paz".
Em contrapartida, Volodymyr Zelensky descreveu o encontro como "muito positivo" e procurou apaziguar as tensões, anunciando a disponibilidade para permitir o reatamento das exumações de civis polacos massacrados durante a Segunda Guerra Mundial, um ponto historicamente sensível nas relações bilaterais.
Apesar das divergências, os líderes destacaram progressos na cooperação, com Zelensky a oferecer à Polónia conhecimento militar e a apelar ao envolvimento de empresas polacas na reconstrução do seu país.













