O conflito diplomático foi despoletado pela oposição do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, à utilização de ativos russos congelados para financiar a Ucrânia.
Após Orbán se ter vangloriado de ter impedido que "a Europa declarasse guerra à Rússia utilizando recursos russos", o chefe da diplomacia polaca, Radoslaw Sikorski, reagiu de forma irónica, atribuindo-lhe simbolicamente a "Medalha da Ordem de Lenine", a mais alta honra civil da era soviética. A publicação de Sikorski foi acompanhada por uma imagem da medalha e um simples "Parabéns". A resposta de Budapeste foi imediata.
O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjártó, acusou o seu homólogo polaco de ser favorável a uma guerra entre a Europa e a Rússia, declarando: "Nós jamais concordaremos com isso".
Esta troca de farpas assinala o fim da aliança do Grupo de Visegrado, que unia a Polónia e a Hungria na sua oposição a Bruxelas em matérias como o Estado de direito e a migração. Sob a liderança de Donald Tusk, a Polónia realinhou-se com a corrente maioritária da UE no apoio à Ucrânia, isolando ainda mais o governo de Orbán, considerado o principal aliado de Putin dentro do bloco.













