A queixa formal inclui 32 crimes, entre os quais quatro violações, colocando a monarquia norueguesa sob intenso escrutínio mediático.

Marius Borg Hoiby, de 28 anos, foi formalmente acusado de um total de 32 crimes, sendo as mais graves quatro alegações de violação, que teriam ocorrido em 2018, 2023 e 2024.

Segundo as autoridades, uma das violações terá sido perpetrada já após o início da investigação policial.

A polícia norueguesa especificou que as acusações incluem "uma violação com penetração" e "duas violações sem penetração", esclarecendo que a lei do país abrange atos sexuais sem consentimento, mesmo que não haja penetração.

Para além das violações, Hoiby é suspeito de maus-tratos em relações íntimas, atos de violência, violação da liberdade e de ter filmado e gravado vídeos sem consentimento.

O procurador-geral da Noruega, Sturla Henriksbo, confirmou que, embora nenhum membro da família real tenha sido interrogado, mensagens trocadas entre o príncipe herdeiro Haakon e a princesa Mette-Marit com testemunhas ou alegadas vítimas foram incluídas no processo. "Na medida em que houver mensagens entre indivíduos e parentes dos acusados relacionadas com o caso, as mesmas terão sido incluídas no material da investigação", declarou o procurador.

A Casa Real emitiu um comunicado em nome do príncipe Haakon, padrasto de Marius, descrevendo o momento como "desafiante e difícil para todos".

No comunicado, Haakon afirmou: "Ficaram esclarecidas quais as acusações.

Cabe ao tribunal agora decidir.

Da nossa parte continuaremos a cumprir as nossas obrigações".

O caso, que reacende o interesse mediático no passado de Mette-Marit, pode levar a uma condenação de até 10 anos de prisão, com o julgamento previsto para o início de 2026.