As suas declarações oferecem uma perspetiva rara sobre a pressão e as realidades da vida dentro de um palácio real.

Numa entrevista ao jornal Aftenposten, Eva Sannum, que foi uma figura mediática no início dos anos 2000, abordou a sua relação com o monarca espanhol, desmistificando algumas das perceções públicas sobre o seu passado.

Ela afirmou categoricamente que nunca desejou uma "vida de palácio", contrariando a ideia de que teria "perdido uma vida de caviar e iates". Sannum revelou ter recusado ofertas milionárias para contar a sua história e falou sobre episódios de perseguição mediática, como o roubo de fotografias. A sua decisão de falar agora, tantos anos depois, permite uma reflexão sobre o preço da fama e a intensidade do escrutínio a que são sujeitos aqueles que se relacionam com membros de famílias reais. Atualmente, vive uma vida discreta em Oslo, com o seu companheiro e dois filhos, um percurso que contrasta fortemente com o que teria tido se se tivesse tornado rainha de Espanha.

As suas palavras oferecem um testemunho valioso sobre a escolha entre o dever público e a liberdade pessoal, e humanizam uma figura que, na época, foi central na vida do futuro rei.