As graves acusações de violação e outros crimes colocam a monarquia sob intenso escrutínio público e mediático.

A situação em torno de Marius Borg Hoiby, de 28 anos, representa um dos maiores desafios na história recente da monarquia norueguesa. Acusado formalmente de 32 crimes, incluindo quatro violações, o enteado do príncipe herdeiro Haakon será julgado no Tribunal de Oslo entre 3 de fevereiro e 13 de março de 2026.

As acusações são particularmente graves, detalhando uma violação com penetração e duas sem penetração, abrangendo atos sexuais cometidos quando a vítima não consegue resistir, conforme a lei norueguesa.

Os crimes terão ocorrido em 2018, 2023 e 2024, sendo que o último foi perpetrado já após o início da investigação policial.

O procurador-geral, Sturla Henriksbo, sublinhou a seriedade do caso, afirmando que "violação e violência em relacionamentos íntimos são atos muito graves que podem deixar marcas permanentes e destruir vidas".

Garantiu ainda que o estatuto de Hoiby não lhe conferirá tratamento preferencial, arriscando este uma pena máxima de até dez anos de prisão.

A reação da família real tem sido cautelosa; o príncipe Haakon emitiu um comunicado descrevendo o momento como "desafiante e difícil para todos", confirmando que o processo judicial seguirá o seu curso.

A inclusão de mensagens trocadas entre Mette-Marit, Haakon e o filho no processo de investigação adensa a complexidade do caso.

A crise abalou a imagem da família, com artigos a descrevê-la como "escandalosa, frívola e arrogante", e uma ex-namorada de Marius a afirmar que tentou alertar o casal real sobre a necessidade de ele receber tratamento.