Esta visão representa uma rutura com as gerações anteriores, sinalizando uma abordagem mais moderna e conectada com a sociedade.
Numa conversa com o ator Eugene Levy para o programa 'The Reluctant Traveller', o Príncipe de Gales afirmou de forma inequívoca: "Acho que é seguro dizer que a mudança faz parte da minha agenda".
Esta declaração, embora vaga, aponta para uma modernização da instituição.
O biógrafo real Andrew Morton, citado nos artigos, nota que, embora as palavras "mudança" e "monarquia" não combinem naturalmente, pois a realeza é sinónimo de "continuidade", a intenção de William é entusiasmante, ainda que não se espere uma mudança radical.
A visão do príncipe parece centrada na relevância e no impacto social, como ele próprio sublinhou ao expressar o desejo de criar um mundo do qual os seus filhos se possam orgulhar, onde o trabalho da monarquia "impacte a vida das pessoas de forma positiva".
Esta abordagem mais pessoal e focada no futuro reflete-se também na sua abertura sobre os desafios pessoais.
Na mesma entrevista, William confessou que 2024 foi "o ano mais difícil" da sua vida, devido aos diagnósticos de cancro da sua mulher, a Princesa Kate, e do seu pai, o Rei Carlos III. Ao partilhar estas vulnerabilidades, o futuro rei projeta uma imagem mais humana e próxima, que o biógrafo descreve como a de "um de nós, mesmo sabendo que é o futuro rei", sugerindo um reinado focado na empatia e na conexão com o público.









