Num comunicado oficial, o Príncipe André declarou que, após conversas com o Rei Carlos III e a sua família, concluiu que as “constantes acusações” contra si se tornaram uma distração para o trabalho da monarquia. “Decidi, como sempre, priorizar o meu dever para com a minha família e o meu país”, afirmou, reiterando a sua decisão de se afastar da vida pública e negando “veementemente as acusações” contra si.

A decisão, no entanto, não terá sido totalmente voluntária.

Fontes citadas nos artigos indicam que André foi pressionado pela família real, em particular pelo seu irmão, o Rei, e pelo sobrinho, o Príncipe William, que veem a sua associação a Epstein como uma mancha indelével na reputação da Coroa. A abdicação dos títulos significa que André, embora continue a ser príncipe por nascimento, deixa de poder usar o tratamento de “Sua Alteza Real” e perde as suas afiliações militares. A medida afeta também a sua ex-mulher, Sarah Ferguson, que, segundo fontes, apoia a decisão e perderá o direito de usar o título de Duquesa de York.

As suas filhas, as princesas Beatrice e Eugenie, não serão afetadas no que diz respeito aos seus próprios títulos.

Este passo representa o culminar do afastamento de André da vida pública, um processo que começou em 2019 após a sua desastrosa entrevista à BBC e que agora se torna definitivo, num esforço da monarquia para se distanciar de um dos seus maiores escândalos.