As revelações, feitas a partir do seu exílio em Abu Dhabi, oferecem uma perspetiva íntima sobre as complexas dinâmicas da família real espanhola. No livro, Juan Carlos refuta categoricamente o boato de que teria seduzido a Princesa de Gales durante as férias da família real britânica em Palma de Maiorca nos anos 80. O monarca descreve Diana como uma mulher “fria, taciturna e distante, exceto quando havia paparazzi”, uma visão que contrasta com a de biógrafos como Andrew Morton, que afirmou que a princesa considerava Juan Carlos “demasiado libidinoso”.
Além disso, o rei emérito confirma as tensões há muito especuladas com a Rainha Letizia, afirmando que “ela não ajudou a fortalecer os nossos laços familiares”.
Esta confissão é a primeira admissão pública de um distanciamento que se estende às suas netas, a Princesa Leonor e a Infanta Sofía, com quem, segundo a revista Paris Match, ele não tem contacto.
O livro retrata um homem que se sente excluído tanto do seu país como da sua família, procurando, através destas memórias, apresentar a sua versão dos factos e recuperar a sua voz pública.
A obra detalha também a sua última conversa com o filho, o Rei Felipe VI, antes de partir para o exílio, sublinhando um período de silêncio e distanciamento entre pai e filho.






