A atual controvérsia em torno da sua ocupação pelo príncipe caído em desgraça lança um novo foco sobre o significado histórico desta residência.

Com 30 quartos e situada no Windsor Great Park, a Royal Lodge tem sido uma residência real por várias gerações, tendo inclusive servido de lar para a Rainha Mãe até à sua morte em 2002. No ano seguinte, o Príncipe André assinou um contrato de arrendamento de 75 anos com a Crown Estate, garantindo o seu direito de residir na propriedade até 2078.

No entanto, a sua ligação ao escândalo de Jeffrey Epstein tornou a sua permanência insustentável para a imagem da monarquia.

O Rei Carlos III tem exercido uma pressão crescente para que o seu irmão abandone a mansão, uma medida que simboliza o seu afastamento total da vida pública. A situação é complexa devido ao contrato de arrendamento, que prevê uma compensação financeira a André caso ele saia. A imprensa avança que o Rei estaria disposto a pagar mais de meio milhão de euros para o ver sair, o que sublinha a urgência da Coroa em resolver a situação. A disputa pela Royal Lodge não é, portanto, apenas uma questão imobiliária, mas um ato simbólico da queda de André e da tentativa da monarquia de apagar uma mancha na sua história.