A justificação oficial para a exclusão baseia-se na decisão de Juan Carlos de viver no estrangeiro desde 2020 e de se ter retirado das atividades institucionais. O programa das comemorações, agendado para novembro, irá, em vez disso, prestar uma homenagem pública à Rainha Sofia, que receberá a prestigiada condecoração do Toisón de Ouro das mãos do seu filho, o Rei Felipe VI. Esta escolha é altamente simbólica, posicionando Sofia – uma figura de estabilidade e dedicação – como o rosto do legado positivo da monarquia, em detrimento do seu marido.
Apesar de afastado dos atos oficiais, foi estendido a Juan Carlos um convite para um almoço "estritamente familiar e totalmente privado", embora a sua presença não esteja confirmada.
Esta situação contrasta fortemente com a narrativa que o rei emérito tenta promover no seu livro de memórias, onde reivindica um papel central e heroico na transição de Espanha para a democracia, uma visão que a atual Casa Real parece não querer subscrever publicamente.




