Este ato de compaixão é recordado como um dos pontos altos do seu legado humanitário. A 19 de abril de 1987, durante a inauguração de uma unidade de tratamento de VIH no Hospital Middlesex de Londres, a Princesa de Gales desafiou o protocolo e o medo que rodeavam a doença. Numa época em que se acreditava erradamente que o vírus se podia transmitir pelo toque, o seu gesto de apertar a mão de um paciente em estado terminal, sem usar luvas, foi revolucionário.

O impacto foi imediato e global.

Segundo relatos da época, muitos doentes internados temiam a exposição mediática, mas um paciente aceitou falar com Diana, desde que fosse fotografado de costas.

A imagem correu o mundo e humanizou as vítimas da SIDA.

Diana afirmou na altura: "O VIH não faz com que seja um risco encontrar pessoas.

Pode-se apertar as suas mãos e abraçá-las, e eles precisam muito de um abraço".

Andrew Parkis, diretor do Fundo Memorial Diana, Princesa de Gales, sublinhou que aquela imagem "destruiu o estigma, o preconceito e o medo".

A influência do seu ato foi tal que, quatro anos depois, a primeira-dama dos EUA, Barbara Bush, juntou-se a ela numa visita à mesma clínica.

Diana continuou o seu trabalho, sendo fotografada em 1991 a abraçar crianças com SIDA no Brasil, reforçando a sua mensagem de compaixão e aceitação.