Esta foi a sua primeira entrevista em televisão desde que cumpriu pena, e as suas declarações oferecem uma nova perspetiva sobre um dos maiores escândalos que abalou a monarquia espanhola. Urdangarin, ex-cunhado do rei Felipe VI, garantiu que foi o período de encarceramento que ditou a separação da infanta. Esta afirmação é significativa, pois coloca o foco nas consequências pessoais da sua condenação, em vez de assumir a responsabilidade total pela crise matrimonial que se seguiu à sua infidelidade, que foi publicamente exposta.

Os artigos referem que a jornalista Pilar Eyre interpreta as suas palavras como uma forma de culpar a Família Real pelas suas "desgraças".

Ao posicionar a sua experiência na prisão como o catalisador da rutura, Urdangarin parece sugerir que as pressões e o isolamento decorrentes do seu caso judicial foram insuportáveis para a relação. A sua "declaração surpreendente" à ex-mulher, como é descrita, reabre o debate sobre o impacto do caso Nóos na família real e na vida pessoal dos seus protagonistas, numa tentativa de redefinir a narrativa sobre o fim do seu casamento de décadas.