O projeto consiste numa edição limitada a 250 garrafas de cinco litros, com um preço que ronda os 1.650 euros, destinadas a colecionadores e apreciadores de vinho e arte. Cada garrafa foi intervencionada manualmente por Vhils, que esculpiu e pintou diretamente sobre o vidro, tornando cada exemplar uma peça única, assinada e numerada. O vinho selecionado é um tinto do Douro da colheita de 2019, descrito como “profundo, elegante, complexo”. A colaboração é apresentada como um encontro de “dois mundos criativos que partilham a mesma linguagem: a do tempo, da matéria e da expressão”. Vhils descreve o seu trabalho sobre o vidro como “um processo de revelação – do território, da matéria, da identidade, do visível e invisível”. Por sua vez, os enólogos Celso Pereira e Jorge Alves sublinham a dimensão artística da sua atividade, afirmando que o vinho “não foi pensado apenas para ser consumido, mas para ser sentido com tempo”. O lançamento, previsto para outubro, posiciona a Quanta Terra não apenas como produtora de vinhos, mas como um agente cultural que promove o diálogo entre a enologia e outras formas de arte, valorizando o Douro como um território de criação.
