A iniciativa visa reavivar práticas culinárias antigas, ligadas à vida dos pescadores e camponeses.
O festival recupera métodos de confeção nascidos em tempos de subsistência, quando era necessário “aproveitar ao máximo o que o mar e a terra ofereciam para matar a fome”. As sardinhas são assadas em telhas de barro, tradicionalmente em fornos a lenha, enquanto as batatas são enterradas em covas de areia previamente aquecidas por uma fogueira, onde cozem lentamente.
Estas práticas, associadas às fainas da arte xávega e a festas populares, foram transmitidas entre gerações, tornando-se símbolos da identidade local. O evento, que decorreu nos jardins da Associação de Moradores da Praia da Tocha, ofereceu almoços e jantares aos visitantes, com entrada livre. Para além da componente gastronómica, o festival contou com um programa de animação musical, com atuações dos grupos Ritmo Popular e Red Wine, complementando a experiência cultural.
A iniciativa afirma-se como um momento de celebração que une tradição, convívio e autenticidade, transformando o património gastronómico num ponto de atração turística e de reforço da identidade comunitária.