Até agora, a Revolut operava em Portugal com uma licença bancária da Lituânia, o que implicava um IBAN estrangeiro. Esta limitação dificultava operações como a domiciliação de ordenados e o pagamento de serviços através de débitos diretos, uma vez que algumas entidades não aceitavam IBANs não nacionais. Com a nova sucursal, que já figura como "ativa" no Banco de Portugal, estas barreiras são eliminadas. A integração no sistema de pagamentos português permitirá aos clientes utilizar serviços como o Multibanco e o MB Way. Rúben Germano, diretor-geral da Revolut Portugal, afirmou à Lusa que a ambição é estar no "'top' três nacional" em número de clientes no prazo de três anos, sublinhando que "com o IBAN português vamos conseguir estar em mais momentos do dia a dia do cliente, ser a conta principal do cliente". O processo de migração dos clientes atuais para a nova sucursal será gradual e poderá demorar até um mês e meio. Adicionalmente, a Revolut planeia lançar uma conta de depósitos com juros diários e está a avaliar a possibilidade de vender Certificados de Aforro através da sua aplicação, embora a decisão final ainda não esteja tomada. O crédito à habitação, no entanto, não está nos planos imediatos para Portugal. Os depósitos continuarão, para já, a ser protegidos pelo fundo de garantia lituano.
