A corrida pela TAP intensifica-se num momento em que estes gigantes do setor apresentam resultados financeiros robustos no primeiro semestre, o que lhes confere capacidade para avançar com propostas de aquisição.
O Governo português deu início formal ao processo de reprivatização, prevendo alienar até 49,9% do capital da transportadora.
O grupo IAG, que detém a British Airways e a Iberia, registou um crescimento de 43,8% nos lucros, para 1,3 mil milhões de euros, e manifestou-se recetivo à operação.
Um porta-voz do grupo afirmou: “Se os termos forem adequados, acreditamos que a TAP poderá ter sucesso enquanto parte do modelo distintivo e comprovado do IAG”, citando a integração bem-sucedida da Aer Lingus como exemplo.
Por sua vez, a Air France-KLM, que reverteu prejuízos para um lucro de 401 milhões de euros, também mantém o interesse, embora o seu CEO, Benjamin Smith, tenha sublinhado que a decisão dependerá de uma análise financeira rigorosa e que não avançarão se houver “muito risco”. A Lufthansa, que apresentou um lucro de 127 milhões de euros, também considera a TAP “uma opção interessante”, segundo o seu CEO, Carsten Spohr, embora o seu foco atual esteja na integração da italiana ITA Airways.