Para contornar o impasse, a Tesla criou um comité especial que deliberou a favor desta "recompensa provisória".

A justificação oficial, partilhada na plataforma X, centra-se na necessidade de reter Musk num contexto de "guerra cada vez mais intensa por talentos em inteligência artificial" e na importância de "honrar o acordo celebrado em 2018".

A empresa reforçou a sua posição com a máxima "um acordo é um acordo".

Este prémio provisório permite a Musk recomprar as 96 milhões de ações ao preço de exercício de 2018, 23,34 dólares, um valor muito inferior à cotação atual de 302,6 dólares, o que materializa o ganho bilionário.

Analistas, como os da Wedbush Securities, consideram que "Musk continua a ser o principal trunfo da Tesla", sublinhando que a questão da remuneração tem sido uma "preocupação constante dos acionistas desde o início da saga de Delaware". A decisão reflete a convicção do conselho de administração de que a permanência de Musk é vital para o futuro da empresa, especialmente num ponto de inflexão crucial para a sua estratégia em IA e condução autónoma.