A investigação, iniciada em setembro do ano passado, concluiu que a Shein divulgou "mensagens e alegações ambientais enganosas e/ou falsas" nos seus sites na Europa. Segundo a AGCM, as mensagens eram, em alguns casos, "vagas, genéricas e/ou excessivamente enfáticas" e, noutros, "enganosas ou omissivas".
A autoridade destacou que as informações sobre a reciclagem de produtos "revelaram-se falsas ou, no mínimo, confusas". A decisão da AGCM foi influenciada pelo "aumento do dever de cuidado" que recai sobre a Shein, dado que opera num setor "altamente poluente e com métodos altamente poluentes". A entidade considerou que os consumidores poderiam ser levados a crer que os produtos eram fabricados com materiais sustentáveis e totalmente recicláveis, o que não correspondia à realidade. A Shein refutou as acusações, alegando que as suas informações ambientais são "claras, específicas e conformes com a regulamentação" e garantiu ter cooperado com a autoridade italiana.
Esta multa surge num contexto de crescente escrutínio sobre as práticas ambientais da indústria da moda, com ambientalistas a alertarem para os danos causados pela produção em massa de roupas baratas, que consome grandes quantidades de água, produz químicos perigosos e gera resíduos têxteis.