Esta medida visa fortalecer a cadeia de abastecimento americana e evitar as novas tarifas sobre semicondutores.
O reforço do investimento, que adiciona 100 mil milhões de dólares ao plano inicial de quatro anos, foi anunciado pelo CEO Tim Cook na Casa Branca, ao lado do Presidente Donald Trump.
O pilar desta estratégia é o novo American Manufacturing Program (AMP), uma iniciativa para atrair mais da cadeia de fornecimento e fabrico avançado para território norte-americano, com foco em componentes críticos como os semicondutores.
No âmbito do AMP, a Apple estabeleceu parcerias com fornecedores chave, incluindo a Corning, para que o vidro de cada iPhone e Apple Watch passe a ser construído no Kentucky. A tecnológica está também a trabalhar com a TSMC no Arizona, com a Samsung e a GlobalWafers no Texas, e com a Broadcom para semicondutores 5G, com o objetivo de criar uma cadeia de abastecimento de silício nos EUA que deverá produzir mais de 19 mil milhões de chips para produtos da Apple em 2025.
Sabih Khan, COO da Apple, afirmou que a empresa está comprometida em apoiar os fornecedores americanos e quer que os “Estados Unidos liderem nesta indústria crítica”.
Esta aposta surge como uma manobra para contornar a tarifa de 100% anunciada por Trump sobre chips e semicondutores importados, da qual as empresas que produzem nos EUA, como a Apple, ficarão isentas.
A notícia foi bem recebida pelos investidores, com as ações da empresa a subirem cerca de 5% após o anúncio.