Esta medida surge como uma resposta estratégica à nova política tarifária da administração Trump, que visa incentivar a produção industrial em território norte-americano.
O anúncio foi feito pelo CEO da Apple, Tim Cook, na Casa Branca, ao lado do Presidente Donald Trump, simbolizando uma aproximação estratégica para contornar as novas barreiras comerciais.
O investimento visa expandir a produção de componentes críticos nos EUA, em linha com o recém-criado "American Manufacturing Program" (AMP). A iniciativa surge como uma resposta direta à ameaça de uma tarifa de 100% sobre chips e semicondutores importados, da qual as empresas com produção em solo americano ficarão isentas.
Tim Cook agradeceu publicamente o apoio de Trump, afirmando: "Estamos gratos ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump pelo seu suporte".
Como parte do investimento, a Apple irá reforçar parcerias com fornecedores norte-americanos, como a Corning, que passará a fabricar o vidro para todos os iPhones e Apple Watches numa nova unidade no Kentucky.
A empresa trabalhará também com a Samsung e a TSMC nas suas fábricas no Texas e no Arizona, respetivamente, para liderar a criação de uma cadeia de abastecimento de silício nos EUA, que deverá produzir mais de 19 mil milhões de chips para produtos da Apple em 2025.
A tecnológica prevê ainda criar 20.000 novos empregos diretos no país nos próximos quatro anos, focados em investigação e desenvolvimento.
Esta manobra permite à Apple proteger-se das tarifas, ao mesmo tempo que se alinha com a agenda política de Trump de repatriar a produção industrial.