A quebra nos resultados ocorreu apesar das fortes vendas na América do Norte, evidenciando a sensibilidade do setor automóvel às políticas comerciais globais.
Entre abril e junho, o lucro operacional da empresa caiu 49,6%, enquanto a receita diminuiu 1,2%.
A fabricante japonesa vendeu mais motociclos a nível global, mas registou uma queda de 3,5% nas vendas de automóveis, afetada por quebras na Ásia e na Europa.
A empresa atribuiu explicitamente os maus resultados “ao impacto das tarifas e aos efeitos negativos da conversão de moeda estrangeira”. O caso da Honda, à semelhança do da Toyota, demonstra que mesmo as empresas com uma presença industrial e comercial forte nos Estados Unidos não estão imunes aos efeitos das barreiras alfandegárias, que corroem as margens de lucro. Paralelamente, executivos da empresa manifestaram uma visão cautelosa sobre a eletrificação total, com o presidente da Honda Austrália, Jay Joseph, a afirmar que os veículos elétricos a bateria “são um caminho para alcançar a neutralidade carbónica, não necessariamente o único”, sublinhando a importância contínua dos híbridos na estratégia da marca.