A medida é uma resposta direta à tarifa adicional de 50% imposta pela administração Trump sobre produtos brasileiros, que tornava a exportação para o seu principal mercado, os EUA, praticamente inviável.

A empresa brasileira, que é também a maior vendedora de armas leves a nível global, depende fortemente do mercado norte-americano, que representa 82,5% da sua faturação. A imposição da tarifa de 50%, da qual as armas não foram isentas, provocou uma desvalorização imediata das ações da empresa. O diretor executivo da Taurus, Salesio Nuhs, classificou a decisão de transferir a produção como uma “medida necessária para minimizar os efeitos da guerra comercial”.

O plano consiste em começar a montar, já em setembro, cerca de 900 armas por dia do seu principal modelo, a família G, na fábrica que a empresa já possui nos Estados Unidos.

Este movimento estratégico ilustra como as políticas comerciais protecionistas podem forçar as empresas a relocalizar as suas operações para mais perto dos seus mercados consumidores, de modo a contornar as barreiras alfandegárias, o que pode ter implicações diretas no emprego e na indústria do país de origem.