A OPA foi desencadeada após a Mota-Engil, que já detinha 37,5% da Martifer, se ter juntado ao acordo parassocial entre a Visabeira e a I'M (holding dos irmãos Martins).
Esta aliança resultou na imputação de 87,4% dos direitos de voto ao consórcio, ultrapassando o limiar de 50% que obriga ao lançamento de uma OPA. A contrapartida oferecida é de 2,057 euros por ação, um valor que ficou 11% abaixo da cotação de fecho antes do anúncio, levando as ações a afundarem mais de 15%.
Analistas consideram a situação “anormal”, pois o preço não reflete o valor justo da empresa nem oferece um prémio aos acionistas minoritários.
O acordo prevê que, após a operação, a Visabeira e a Mota-Engil passem a deter 37,5% cada uma, enquanto os irmãos Martins reduzirão a sua participação para 25%, com um plano para a sua saída total da empresa em dois anos. Para os pequenos investidores, o dilema é vender a um preço baixo ou arriscar ficar preso numa empresa não cotada e com um controlo acionista “esmagador”.