O acordo, noticiado por vários meios de comunicação internacionais, estipula que a Nvidia partilhará 15% da receita das vendas do seu chip H20, enquanto a AMD entregará a mesma percentagem das receitas do MI308.
Esta decisão surge após o Departamento de Comércio dos EUA ter começado a emitir licenças para a venda destes chips, na sequência de uma reunião entre o CEO da Nvidia, Jensen Huang, e o Presidente Donald Trump. Antes das restrições, a Nvidia vendia cerca de 15 mil milhões de dólares em chips H20 para a China, e a AMD previa vender 800 milhões de dólares do seu MI308, o que significa que o acordo pode render mais de 2 mil milhões de dólares ao governo dos EUA. A administração Trump congelou a venda de chips avançados à China no início do ano, e este acordo representa uma solução invulgar para retomar as exportações.
A medida tem semelhanças com outros acordos recentes, como o da Nippon Steel para a compra da US Steel, que inclui uma “golden share” para o governo.
A notícia impactou as ações das empresas, com a AMD a cair 6,42% após a divulgação de resultados mistos, onde o desempenho nos data centers desapontou os investidores.
A Nvidia, por outro lado, viu-se obrigada a negar a existência de “portas traseiras” nos seus chips H20, após a comunicação social estatal chinesa ter levantado preocupações de segurança.