O financiamento da Orsted surge devido a dificuldades em projetos nos EUA, nomeadamente o Sunrise Wind.

A empresa justificou a medida com “desenvolvimentos de mercado adversos nos Estados Unidos, que se somam aos desafios macroeconómicos da cadeia de valor dos últimos anos”, segundo o seu CEO, Rasmus Errboe.

A instabilidade foi agravada por uma ordem do Presidente Donald Trump, entretanto revertida, para parar a construção de um parque eólico de uma concorrente, o que “aumentou significativamente” o risco percecionado pelos investidores.

O colapso das ações da Orsted, que desvalorizaram 29,9%, teve um impacto transversal.

O setor de “Utilities” foi dos mais penalizados na Europa.

Em Portugal, a EDP Renováveis (EDPR) foi uma das mais afetadas, liderando as descidas no PSI com quedas a rondar os 3%. A research do Millennium destacou que o tombo da Orsted afetou “as empresas relacionadas com energia eólica, como a Vestas Winds e EDP Renováveis”, levando o índice nacional a comandar as perdas na Europa. A situação da Orsted evidencia a vulnerabilidade do setor das renováveis a mudanças políticas e a desafios de financiamento em grandes projetos, com repercussões imediatas nos mercados bolsistas.