A operação tem enfrentado obstáculos significativos, nomeadamente do governo espanhol.

Em junho, o executivo autorizou a OPA sob a condição de que os dois bancos mantivessem personalidades jurídicas, patrimónios e gestões separadas durante três anos, uma medida justificada pela proteção de princípios de “interesse geral”. Esta interferência governamental motivou uma reação de Bruxelas.

A Comissão Europeia abriu um procedimento de infração contra Espanha, instando o país a “cumprir a regulamentação bancária” da União Europeia e a “respeitar as liberdades fundamentais do mercado único”.

A Comissão considera que a legislação espanhola que permite ao governo condicionar a fusão viola as normas comunitárias.

O BBVA espera agora uma resposta dos acionistas do Sabadell em setembro, num processo que promete continuar a gerar tensão entre o poder empresarial, o governo espanhol e as instituições europeias, testando os limites da intervenção política em operações de mercado dentro da UE.