A situação culminou numa reunião na Casa Branca para discutir o futuro da gigante de semicondutores, refletindo a crescente politização do setor tecnológico.

A controvérsia começou quando um senador republicano levantou preocupações sobre os laços de Lip-Bu Tan com entidades chinesas, que, segundo ele, representavam uma ameaça à segurança nacional dos EUA.

Em resposta, Donald Trump pediu publicamente a demissão imediata do CEO.

A Intel sofreu um revés inicial, com as ações a caírem 3,14% para 19,77 dólares.

No entanto, a situação mudou de figura após ser agendada uma reunião entre Lip-Bu Tan e o presidente na Sala Oval.

Na sequência desta notícia, as ações da Intel recuperaram, registando uma subida de 3,66% para 20,68 dólares. O analista de mercados do Millennium, Ramiro Loureiro, destacou a importância da reunião “para discutir o futuro da gigante norte-americana”. Este episódio ilustra a forte pressão que a administração Trump tem exercido sobre as empresas de tecnologia, especialmente as do setor de semicondutores, no âmbito da sua guerra comercial e tecnológica com a China. A intervenção direta do presidente no governo de uma empresa privada como a Intel é invulgar e cria um ambiente de incerteza para os investidores, onde as decisões políticas podem ter um impacto imediato e significativo na avaliação de mercado das empresas.