A decisão desafia as condições impostas pelo governo espanhol e ocorre num contexto de escrutínio regulatório por parte da Comissão Europeia.
A saga da fusão ganhou um novo capítulo quando o BBVA comunicou à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) a sua intenção de prosseguir com a oferta, esperando uma resposta dos acionistas em setembro.
A operação, que deverá ser resolvida após o verão, enfrenta uma forte oposição política.
O governo espanhol, invocando princípios de "interesse geral", autorizou a OPA mas impôs condições restritivas, exigindo que os dois bancos mantenham personalidades jurídicas, patrimónios e gestões separadas durante três anos.
Esta intervenção governamental levou a Comissão Europeia a tomar uma medida rara, abrindo um procedimento de infração contra Espanha.
Bruxelas instou o país a "cumprir a regulamentação bancária" da União Europeia e a "respeitar as liberdades fundamentais do mercado único", argumentando que a legislação espanhola que permitiu ao governo condicionar a fusão viola normas comunitárias.
A decisão do BBVA de avançar com a OPA surge uma semana após os acionistas do Sabadell terem aprovado a venda da sua filial britânica, TSB, ao Santander, um movimento que adiciona mais uma camada de complexidade a esta batalha financeira e política.