Estes fatores contribuíram para uma queda acentuada das ações da empresa, que viveu a sua "Quinta-feira Negra".

Os números de vendas refletem a dimensão dos desafios: uma queda global de 13% na primeira metade de 2025, com recuos particularmente acentuados de 32% na Europa e de 58,2% na Alemanha. Na China, a sua quota de mercado também diminuiu.

Estes resultados são atribuídos a uma gama de produtos que, segundo os analistas, está a ficar envelhecida, com plataformas que têm até 13 anos.

A situação foi agravada pelo conflito aberto entre Elon Musk e Donald Trump.

As críticas de Musk à política orçamental do presidente levaram a uma retaliação que culminou com o fim dos incentivos fiscais federais para a compra de carros elétricos da Tesla, um golpe direto no modelo de negócio da empresa. As receitas provenientes da venda de créditos de emissões a outros fabricantes também diminuíram para metade. A reação dos mercados foi severa, com as ações da Tesla a caírem mais de 14% num único dia, resultando numa perda de capitalização bolsista de cerca de 153 mil milhões de dólares. Apesar destes problemas, e de ser considerada uma das "Sete Magníficas" por alguns investidores, os analistas mostram-se céticos, apontando para um rácio preço/lucro extremamente elevado e para a necessidade de um CEO mais focado na empresa.