Enquanto a EDPR sofreu quedas acentuadas no início da semana por contágio dos problemas da dinamarquesa Ørsted, o banco HSBC reviu em alta os preços-alvo para ambas as empresas, mantendo uma perspetiva otimista. O início da semana foi particularmente negativo para a EDP Renováveis, que liderou as quedas no PSI na segunda-feira, com as suas ações a recuarem quase 3% (chegando a cair 3,41% durante a sessão).

Este movimento foi uma consequência direta do colapso das ações da gigante dinamarquesa Ørsted, que afundou perto de 30% após anunciar um mega aumento de capital devido a problemas nos seus projetos nos EUA. O evento criou um efeito de contágio que penalizou todo o setor europeu de energias renováveis, demonstrando a vulnerabilidade da EDPR ao sentimento do mercado setorial.

No entanto, a meio da semana, surgiu uma notícia positiva que contrabalançou o pessimismo.

O banco britânico HSBC emitiu uma nota de análise onde se mostrou mais otimista em relação à família EDP, revendo em alta os preços-alvo das ações.

O "target" para a casa-mãe EDP foi elevado para 4,40 euros e o da EDP Renováveis para 11,20 euros, com o banco a manter a recomendação de "comprar" para ambos os títulos.

A semana terminou com uma nota positiva, com a EDP a subir 0,43% e a EDPR 1,20% na sexta-feira, sugerindo que a visão fundamental dos analistas pode ter prevalecido sobre a turbulência de curto prazo.