Este evento técnico ilustra a influência da petrolífera no mercado acionista nacional.

Na quinta-feira, as ações da Galp lideraram as descidas no PSI, cedendo 2,28% para 16,08 euros.

Esta queda não se deveu a notícias negativas sobre a empresa, mas sim ao facto de os títulos terem começado a ser negociados sem direito ao dividendo intercalar. Quando uma empresa paga dividendos, o valor da ação é ajustado em baixa num montante aproximadamente igual ao do dividendo distribuído, uma vez que esse capital sai da empresa para os acionistas.

Devido ao peso significativo da Galp no índice PSI, esta desvalorização técnica foi suficiente para arrastar todo o mercado lisboeta para terreno negativo.

A bolsa de Lisboa fechou a cair 0,47% nesse dia, em contraciclo com as principais praças europeias, que registaram ganhos.

Um analista de mercado, citado num dos artigos, destacou que o índice nacional foi "pressionado pela queda de 1,4% da Galp, que hoje está a transacionar sem direito ao dividendo intercalar". Este episódio evidencia como eventos corporativos específicos de empresas de grande capitalização podem influenciar a performance geral de um mercado acionista de menor dimensão como o português.