As principais empresas europeias do setor da defesa sofreram quedas acentuadas em bolsa na semana passada, em reação aos sinais de progresso nas negociações para um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia. A possibilidade de um fim para o conflito gerou pessimismo entre os investidores do setor, que antecipam uma redução na procura por armamento e equipamento militar. O catalisador para este movimento de mercado foi uma série de reuniões diplomáticas de alto nível, incluindo um encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e vários líderes europeus em Washington. Esta cimeira, que se seguiu a conversações entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, aumentou as expectativas de que um acordo de paz duradouro poderia estar no horizonte. Como consequência, as ações de fabricantes de equipamento militar foram fortemente penalizadas.
Empresas como a alemã Rheinmetall e a italiana Leonardo registaram quedas na ordem dos 5% e 9%, respetivamente.
Outras empresas, como a Hensoldt, a Dassault Aviation e a Thales, também sofreram desvalorizações significativas.
O sentimento negativo foi agravado pela notícia de que as garantias de segurança em negociação poderiam incluir a aquisição de armamento norte-americano pela Ucrânia, no valor de 100 mil milhões de dólares, deixando potencialmente os fornecedores europeus de fora de futuros contratos. Este cenário ilustra como o mercado de defesa, que beneficiou do prolongamento do conflito, reage de forma inversa às perspetivas de paz.
Em resumoA possibilidade de um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, impulsionada por reuniões diplomáticas, levou a uma venda acentuada das ações de empresas de defesa europeias. Os investidores reagiram negativamente à perspetiva de diminuição da procura por armamento e à potencial exclusão de contratos futuros com a Ucrânia, resultando em quedas expressivas para empresas como a Rheinmetall e a Leonardo.