A queda esteve associada a notícias provenientes da Polónia, um mercado crucial para a retalhista portuguesa.

A desvalorização das ações da Jerónimo Martins, que chegaram a recuar 0,84% para 21,24 euros, ocorreu em sintonia com a queda do BCP, ambas as empresas sendo afetadas pelos "maus ventos polacos", como descrito num dos artigos.

Embora a notícia principal que abalou o mercado de Varsóvia tenha sido a proposta de um novo imposto sobre o setor bancário, o que impactou diretamente o Bank Millennium do BCP, o evento gerou um sentimento negativo mais amplo em relação à Polónia.

Para uma empresa como a Jerónimo Martins, cuja cadeia Biedronka é líder de mercado na Polónia e uma fonte vital das suas receitas e lucros, qualquer sinal de instabilidade económica ou política nesse país é observado com atenção pelos investidores. A reação do mercado demonstra, assim, o risco de concentração geográfica e como a performance de uma empresa multinacional pode ser influenciada por eventos num dos seus principais mercados estrangeiros, mesmo que não esteja diretamente ligada ao setor inicialmente afetado.