A Corticeira Amorim registou uma valorização expressiva na semana passada, impulsionando a bolsa de Lisboa para um marco histórico de 14 anos. A notícia da isenção de tarifas norte-americanas sobre os produtos de cortiça foi o catalisador para o otimismo dos investidores. A empresa de Mozelos foi a estrela da bolsa portuguesa na quinta-feira, com as suas ações a dispararem 5,24% para 8,03 euros, naquela que foi a sua melhor sessão em três anos. Este desempenho notável foi uma reação direta ao anúncio de que os produtos de cortiça foram incluídos na lista de isenções do acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia, escapando assim às tarifas de 15% impostas pela administração Trump.
O entusiasmo dos investidores foi imediato, refletindo a importância do mercado norte-americano para a empresa.
O impacto desta notícia extravasou a própria empresa, servindo como principal motor para que o índice de referência PSI ultrapassasse a barreira dos 8.000 pontos, fechando nos 8.020,36 pontos, um nível que não era atingido desde abril de 2011.
Analistas do Millenium Investment Banking destacaram que “a Corticeira Amorim entusiasmou-se depois do material derivado da casca de sobreiro ter sido listado entre os produtos isentos de tarifas numa declaração conjunta dos EUA e da UE”.
Este desenvolvimento positivo para o setor corticeiro contrastou com a apreensão noutros setores potencialmente afetados pelas tarifas, demonstrando a sensibilidade das empresas exportadoras às políticas de comércio internacional.
Em resumoA isenção de tarifas norte-americanas sobre a cortiça providenciou um impulso significativo e imediato às ações da Corticeira Amorim, sublinhando a sua dependência das políticas comerciais internacionais. Este evento foi o principal catalisador para que o índice PSI atingisse o seu valor mais alto em mais de uma década.