As discussões sobre a aquisição de uma participação estatal e a estrutura dos subsídios governamentais criaram grande incerteza e movimentos de preço significativos.

A semana da gigante dos semicondutores foi uma autêntica montanha-russa.

Na terça-feira, as ações dispararam quase 7% após a administração Trump ter confirmado a intenção de adquirir 10% do capital da empresa, numa tentativa de revitalizar a fabricante.

No entanto, o otimismo foi de curta duração.

Logo na quarta-feira, os títulos afundaram 6,99% perante notícias de que o governo dos EUA estaria a considerar converter os subsídios concedidos pela "Lei dos Chips" em investimentos acionistas, o que diluiria o valor para os atuais acionistas e foi mal recebido pelo mercado.

A volatilidade continuou na sexta-feira, quando as ações voltaram a subir 5,53%, depois de Donald Trump ter garantido que a empresa tinha concordado em vender 10% das suas ações ao governo.

Estes movimentos bruscos e contraditórios demonstram a elevada sensibilidade do mercado à intervenção governamental em setores estratégicos como o dos semicondutores, refletindo a tensão entre o apoio estatal para a segurança nacional e a autonomia corporativa.

O episódio revela a incerteza dos investidores sobre os termos e o impacto final do envolvimento do governo na empresa.