A perspetiva de desescalada do conflito gerou pessimismo nos investidores quanto ao futuro da procura por armamento e equipamento militar.

Na sessão de terça-feira, o índice Stoxx Europe Aerospace and Defense caiu quase 3%, com várias empresas a registarem perdas expressivas.

A italiana Leonardo chegou a perder 9,65%, a alemã Hensoldt recuou 9,06%, a sueca Saab AB caiu 7,41% e a francesa Thales desvalorizou 3,94%.

Este movimento de venda generalizado foi desencadeado pela reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus, que deu sinais de progresso nas negociações de paz.

O mercado interpretou que um fim para o conflito, que dura desde 2022, reduziria drasticamente a necessidade de rearmamento na Europa e, consequentemente, as encomendas a estas empresas. O pessimismo foi agravado pela notícia de que as garantias de segurança em negociação poderiam incluir a aquisição de armas aos Estados Unidos pela Ucrânia no valor de 100 mil milhões de dólares, deixando os fornecedores europeus de fora. Analistas da XTB notaram que a reunião “deu sinais de progresso”, o que castigou um setor que tinha beneficiado enormemente com o aumento das tensões geopolíticas e das despesas militares.