A correção nos preços reflete um crescente ceticismo dos investidores e uma reavaliação do risco após meses de subidas expressivas.

A meio da semana, o sentimento de aversão ao risco dominou Wall Street, com as principais tecnológicas a puxarem os índices para baixo.

Na sessão de quarta-feira, todas as sete empresas – Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla – fecharam no vermelho.

Este movimento foi interpretado por analistas como uma tomada de mais-valias, com um especialista a notar que se chegou “a um ponto em que muitas delas estavam sobrecompradas”. A correção foi alimentada por preocupações de que o setor, especialmente as empresas ligadas à inteligência artificial, pudesse estar a viver numa "bolha".

Um relatório do MIT, que questionou a rentabilidade dos investimentos em IA, foi apontado como um dos gatilhos para a reavaliação.

Adicionalmente, a Meta anunciou uma pausa nas contratações em IA, reforçando as dúvidas sobre a sustentabilidade do recente frenesim.

Este ceticismo crescente manifestou-se também no aumento da atividade de "short sellers", investidores que apostam na queda das ações, visando empresas que tiveram valorizações exponenciais, como a Palantir.

A correção generalizada sinalizou uma mudança de um otimismo desenfreado para uma abordagem mais cautelosa por parte dos investidores.