A perspetiva de um corte nas taxas de juro em setembro animou os investidores do setor financeiro. O discurso de Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole foi considerado “mais complacente do que o esperado” pelos mercados, abrindo a porta para um alívio na política monetária.

A reação foi imediata, com o setor de serviços financeiros a destacar-se entre os maiores ganhadores em Wall Street.

A Goldman Sachs viu as suas ações subirem 3,62%, enquanto a American Express valorizou 3,57%.

A lógica por trás deste otimismo é que taxas de juro mais baixas tendem a estimular a atividade económica, o que se traduz num ambiente de negócios mais favorável para os bancos de investimento e empresas de crédito. Um corte nos juros pode aumentar o volume de fusões e aquisições, impulsionar o mercado de crédito ao consumo e reduzir o risco de incumprimento, fatores que beneficiam diretamente os resultados destas empresas.

A grande maioria dos investidores passou a prever uma flexibilização das taxas já em setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME, e esta expectativa foi o principal motor por trás da forte valorização do setor no fecho da semana.