Depois de ter sido a ação com melhor desempenho no S&P 500 em 2024, com uma valorização de 346%, a Palantir viu o sentimento dos investidores inverter-se. Na semana passada, a empresa registou uma sequência de cinco quedas consecutivas, incluindo um tombo de mais de 9% na terça-feira, tornando-se a empresa com pior desempenho no S&P 500 nesse dia.
Esta correção acentuada surge num contexto de “maior ceticismo em relação às tecnológicas e à sustentabilidade do rali recente, sobretudo no que diz respeito às empresas ligadas à IA”. Analistas apontam que a empresa se tornou um alvo para "short sellers" – investidores que apostam na queda de uma ação – “à medida que o fosso entre os fundamentos do negócio e a sua cotação em bolsa se amplia”. Essencialmente, muitos investidores consideram que o preço das ações da Palantir subiu muito para além do que o seu valor real de negócio justificaria, criando uma oportunidade para apostar contra ela. O caso da Palantir é emblemático de uma reavaliação mais ampla no setor, onde a euforia inicial em torno da IA está a dar lugar a um escrutínio mais rigoroso das avaliações e da rentabilidade a longo prazo.