A operação surge no contexto de um acordo parassocial tripartido entre a Visabeira, a IM (empresa dos irmãos Martins) e a Mota-Engil, que, em conjunto, detêm uma posição dominante no capital da Martifer.

O conselho de administração da Martifer, após análise com assessoria financeira e jurídica, emitiu um parecer onde considera que, “face aos critérios constantes do artigo 181º do CVM, a Oferta e suas condições são adequadas”.

No seu relatório, a administração recomenda que cada acionista tome uma decisão individual alinhada com os seus objetivos, mas reconhece que a contrapartida “merece ser tida em conta”.

Em forte contraste, a Maxyield, associação de defesa dos investidores, manifestou-se “claramente contra o baixo preço da oferta”.

A associação argumenta que a reduzida liquidez da ação torna a contrapartida “não equitativa” e que os fundamentais da empresa justificam uma avaliação superior.

A Maxyield considera “expectável” um aumento do preço e recorda que a CMVM pode recorrer a um auditor independente para fixar a contrapartida mínima.

Esta divergência de opiniões coloca os acionistas minoritários numa posição delicada, tendo de ponderar entre a liquidez imediata oferecida pela OPA e a possibilidade de uma futura revisão em alta do preço.